Imagem morta
Um corpo, encharcado em suor, cansado, triste, enrugado, uma noite de verão, um cigarro na mão, numa esplanada cinzenta, vazia, triste, os outros corpos, amontoados, famintos vagueavam à procura de alimento.
Um olhar, profundo, agonizante, perdido.
Um sorriso, trocista, mentiroso.
Um aroma, embalava os corpos, emaranhava-os numa sinfonia negra, num tom viciado.
Um olhar, profundo, agonizante, perdido.
Um sorriso, trocista, mentiroso.
Um aroma, embalava os corpos, emaranhava-os numa sinfonia negra, num tom viciado.
4 Comments:
mais uma vez.. um comentário consciente (do social ) e brilhantemente elaborado.. se me permites dizer
1 abraço
dizes aí que há um olhar perdido e um sorriso trocista.tudo na mesma pessoa?ou serão vertentes diferentes da espécie humana.e s sim, o que mais nos facilitaria a vida sermos sinceros connosco proprios e infelizes ou troçarmos dos outros para disfarçar a nossa propria podridão?
keiek
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Não racionalizes em demasiado.
Um sorriso trocista e um olhar perdido na mesma pessoa foi o meu objectivo. Mas podem ser vertentes diferentes da espécie humana.
Indiscutivelmente, sermos sinceros connosco e infelizes.
Tentei descrever alguém desapontado, desiludido, incapaz de encontrar perfeição nas imagens que via, não por culpa das coisas que via, mas sim, por a sua alma estar triste, a desintegrar-se. Não tinha qualquer objectivo em julgar a sociedade, ou um seu qualquer elemento. Simplesmente, uma visão sombria sobre um ser, criado por mim, encontrando paralelo com o meu estado de espírito na altura.
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