domingo, dezembro 19, 2004

Quando a minha vista alcançou o fim, nada restou. Os homens estavam nus, as mulheres fugiam sem cabeça. Fui o fim da vida daqueles homens e mulheres e o fim da minha felicidade. A partir daquele dia tudo foi diferente. Julgava possuir uma vontade e julgava que esssa vontade podia possuir alguma força. Mas, não. Tudo não era senão, gotas de suor, alimentadas de fé, escritas em páginas de livros esquecidos.
Quando forjamos um pensamento, achamos que é o melhor pensamento de sempre. Eu também achava. Naquela manhã, quando saí, toda a fé estava concentrada em mim, julgava possuir o maior e mais belo pensamento de sempre. Os minutos, eram curtos, os segundos quase não existiam, era tempo que antecipava a glória. Mas, quando vi que os homens estavam nus e as mulheres fugiam sem cabeça, prometi a mim mesmo, jamais tornar a sair de casa. Jamais, forjar um pensamento, jamais irromper no mundo dos fracos. Até á minha morte, apenas vou sentir e jamais pensar.

1 Comments:

Blogger jeff said...

E quem sou eu para escrever algo...?
Quem sou...? Essa é a questão fundamental.

És tudo. E não importa quem és ou o que és.

Vou continuar a sentir.

2:05 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home