sexta-feira, março 21, 2008

Poder aparente que se julga ter sobre a morte antecipada

As imagens passam e fluem. Ilusões. Luzes vão e vêm. A escuridão já não me amedronta. Nada me mete medo. Já não sinto e quem não sente não teme. Imagens escuras apoderam-se da minha mente, mas eu sorrio. A lua, encoberta por nuvens, nuvens escuras, ri-se da minha farsa. Farsa disfarçada por uma coragem desproporcional à minha vontade de viver. Uma escuridão latente reclama por descer sobre os meus pensamentos. Mas eu resisto-lhe, não tenho medo, e sorrio-lho, inaudita vontade eu mostro ter. A lua continua encoberta, contudo, estou certo da sua existência. Já, esta escuridão que o julgo ter vencido, ainda mal iniciou o seu reinado de trevas, e eu já demonstro poder vacilar.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem escrito, conceitual, releva a aparência, a dissimulação, a falsa coragem ou indiferença. Algo dominador e ubiquo tem uma influência claramente negativa, esmaga os sentimentos e dificulta o percurso.

A vontade de viver é absoluta, um dogma, uma instituição inegável. E todos sabemos a indispensabilidade das instituições não é verdade?

12:17 da manhã  

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