quinta-feira, junho 10, 2004


A melodia atinge-me, enche-me. A raiva indistinta atravessa-me e agarra-me em cada nota. Quero fugir, quero, quero, mas..., não consigo!
Quero tanto poder libertar-me deste enguiço, que me prende, me sufoca, me arranca o ar. Sinto-o frio e quente a esvair-se. Fechos os olhos, vejo a luz, a fonte libertadora... Vejo e decora-a. Estas notas assumem tons imortais, decoro-as. São a minha luz a minha fonte libertadora. Fecho os olhos, não encontro a luz, recordo-a. Abro os olhos, sinto as notas.
Sinto. Morro. Sinto. Morro. Sinto. Morro.
Formas belas aproximam-se do meu olhar, fecho-os olhos, ganho coragem, corro, corro, atingo-as, não passam de sombras, de lembranças, pedaços de passado. O habitual...

Cansado, fecho os olhos. Cansado de ter esperança, assim permaneço. Sonho com a luz, a fonte libertadora...
 Posted by Hello

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

outra vez revoltado e angustiado? também quem não anda.
como te disse que faria:
"vivem em nós inumeros
se penso ou sinto, ignoro
quem é que pensa ou sente
sou somente o lugar
onde se sente ou pensa

tenho mais almas que uma
há mais eus do que eu mesmo
existo todavia
indiferente a todos
faço-os calar: eu falo.

os implusos cruzados
do que sinto ou não sinto
disputam em quem sou.
ignoro-os. nadam ditam
a quem me sei: eu escrevo."
ricardo reis

o maravilhoso f.p.
para todos aqueles que têm a triste missão de estudar para o exame de port.
keiek
jeff, quando escreves um post sobre psc?

7:20 da tarde  
Blogger ilusion&light said...

my friend .. i know where the light is.. queres?

10:19 da tarde  
Blogger jeff said...

Quero.

10:56 da tarde  
Blogger jeff said...

Keik... " Que força a de um texto! Uma vez chamado à existência impressa, nenhum deixa de ser tal como é, para toda a eternidade..."

Miguel Torga (...:) )

7:48 da tarde  

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