A mulher que um dia ousou sonhar
Ela percorrida descalça as ruas frias, noite após, noite, ela percorria, descalça as ruas, frias.
Noite após, noite a alma morria.
Entregava o corpo e a alma morria.
Noite, após noite uma imagem fantasmagórica a percorrer as ruas frias.
Noite gélida, ar viciado.
O corpo já não era dela, entregava-o numa simbiose perfeita com a atrocidade.
Percorria as ruas num passo viciado, o rosto triste, chorava lágrimas secas.
Ás vezes, o olhar perscrutava o mar.
Queria morrer.
Mas era a Mulher que, noite, após noite, percorria as ruas, frias.
Noite após, noite a alma morria.
Entregava o corpo e a alma morria.
Noite, após noite uma imagem fantasmagórica a percorrer as ruas frias.
Noite gélida, ar viciado.
O corpo já não era dela, entregava-o numa simbiose perfeita com a atrocidade.
Percorria as ruas num passo viciado, o rosto triste, chorava lágrimas secas.
Ás vezes, o olhar perscrutava o mar.
Queria morrer.
Mas era a Mulher que, noite, após noite, percorria as ruas, frias.