segunda-feira, agosto 30, 2004

Insuportável; atmosfera criada, quente, húmida.. desagradável. O seu ar sufoca, Diálogo de ignorantes, suores frios.. Posse., egoísmo..desumanização.. ego desfeito! Tenho que ser mais forte, superar.. fechar o punho. Imagino um grande véu disperso sobre os resistentes deste mundo. onde este sublimemente toca, uma certa aura confere a estes uma espécie de atributo superior.. mas não pode ser.. imortalidade? espíritos superiores? pura ficção. nem poderiam existir com a aceitação da minha inteligência. e da de muitos outros..
turbilhões. coros satíricos, orgias dionisíacas, saltar a fogueira. esquecimento.
não aos rituais pagãos. método, razão,valores;a perfeição. ... Insatisfação pura.. marioneta!

terça-feira, agosto 24, 2004

O sujeito projectou-se para fora.. que extraordinária leveza! esvoaça jà; sente a brisa fria projecta_lo ainda mais alto;; it´s all so quiet, tchhh, tchhh.. vê o fumo dissipando-se debaixo de si, mokaMBO, estranha sensação de paz e serenidade, afrodisíaComunhão, anti-metafísico?,.. até voltar ao casulo cansado e pesado, jornada penosa, visões surrealistas; esquinas dobradas, luz ..demasiado.. brilhante , descrença, incredibilidade, saturação. one more. he is Feeling good.. relaxa, levanta-se, e sorri..

segunda-feira, agosto 23, 2004

Espírito humano... ternura, sobriedade, personalidade? ou sofrimento, dor, a vontade eterna de ser tudo, insatisfação, decadência, a vontade de ser nada?

Gestos, actos e intenções, até estaticamente se reconhece algo verdadeira e unicamente humano. Porém, todas a as suas vantagens constituem, ambiguamente, a necessidade de afirmação sobre os outros.. inferiorizando-os.Pensar, criar, Destruir, matar, que IMPORTA? mudanças insignificantes num mundo limitado a preconceitos e conceitos restritos. o cansaço apodera-se e relega os lutadores para a inoperância... Os heróis não existem, e os resquícios de uma concepção de vida trágica desaparecem. A decadência apodera-se de todas as mentes. embora os sorrisos \(artificiais)\ se mantenham, se tente desesperadamente ajudar, afirmar, já nenhuma acção surte efeito.

domingo, agosto 22, 2004

Contrariedades. Sonhos.

Pensar, olhar, olhar o pensado e pensar o olhado. Olhar com as impossibilidades de não conseguir ver. Impossível. Não, o sonho existe. E sempre existirá. Salvação.
Gemer,
Como ratos a morrer
Com veneno, a vomitar veneno, sonho, choro.
Depois de tudo, ainda acordar e acordar com vontade de tornar a adormecer. Dormir não. Sonhar.
Veneno, ratos a morrer, eu tu ou eles, os ratos?
Ratos, ninhadas, ansiosas por foder, por deitar fora todo o veneno, antes de morrer, para morrer feliz.
Morrer feliz o que é? Morrer depois de ter fudido ou morrer depois de ter chorado lágrimas acabadas de sonhar? Sonhar como um puto. Sonhar. Sonhar. Sonhar. E sonhar em vez de dormir. Putos. Putos a sonharem.
Não dormir, sonhar e depois ver, ver o sonhado, ver apenas o sonho?Ver apenas a repetição de sonhos e novos sonhos a terminar e a aparecer.Repetem-se os sonhos, volta a tristeza. Mas podemos sempre foder.
Contrariedades. Sonhos.
Esperança. Esperar, mas o quê? Ser fudido. Esperar por ver o que já foi visto e chupado? Ver esboços? Ver restos? Ver vestígios, pedaços.
Chorar, depois de sonhar
De foder
De esperar
De lembrar, de sangrar e gemer
Contrariedades, não sucumbem, fodem-te...
contorço-me e rastejo. O Todo-poderoso abre os braços e eu atrofio! o peito comprime-se e deito golfadas de sangue.. é então que nele vejo espelhado um ser! reconheço os olhos admirados e a esperança de vingança; porque todos os «todo-poderosos» têm momentos em que se sentem mais poderosos do que na realidade o são...

quinta-feira, agosto 19, 2004

O seu chamamento, a sua súplica desmedida sentida no âmago do seu ser, continuou para além do eco, encontrou a minha alma. Era um grito de dor, um chamamento impregnado de sofrimento. Eu não podia ficar apático, as suas palavras atingiram-me num lampejo de ardor. Ambos fomos um, uma dor, uma mágoa, uma certeza inquestionável. Assim ficámos, assim continuamos, sós...

quinta-feira, agosto 12, 2004



"Hoje és meu, só meu, em ti nada existe teu, nada existe de outros, estás preso, retido à minha vontade. Estou farto!!!!!!!!! Não és o mesmo, uma sombra do que foste. No entanto, não importa. Nada importa se não a minha vontade de te possuir, a minha vontade de dizer em viva voz: ÉS MEU!!!! O que eras é impossível de o voltares a ser. OS OUTROS, (os outros) absorveram a tua alma, agora és um corpo, um mero pedaço de carne desprovido de pensamentos, sem nada, NADA!!!
Eu aqui estou, esperei. Enquanto tinhas vida, eras deles, agora, cadáver és meu. Eu grito, mas para quê? Não ouves, não falas, quase não respiras, mas eu sou teu e falo, ouço e respiro, e espero até ouvires a minha voz, falares o meu nome e respirares em cima do meu corpo frio..."