sábado, maio 29, 2004


Amarras...
Quero-me libertar. Quero-me livrar desta angústia que me prende e me condena em cada passo em cada respirar. Quero ser livre, gritar em viva voz: "consigo...!" Quero olhar e não ter medo de olhar. Quero ter e não ter medo de perder. Quero-te e não te posso ter... Quero um mundo que não tenho. Quero. Quero. Quero!!!!
Basta... Chega de balelas, desabafos de um demente, pedaços de choros arrancados à alma, suspiros de revolta...

 Posted by Hello

sábado, maio 22, 2004

Os olhos abertos, neuróticos, dirigidos para o vazio alertam para a situação. A ordem não existe. que imensa força o percorre!.. criar uma nova linha de acção.. orientada pela revolta de quem vê o absurdo socialmente instituído. Como tão bem compreende! a mesquinhez do sorriso, o intelectualismo barato,sim.. como este.. a supressão dos verdadeiros caminhos da liberdade. E como esta palavra se configura de outro modo.. que outra dimensão se assume! Pensamento, tensão. sensação, efemeridade.
ÓDIO

quinta-feira, maio 20, 2004

O cisne
Um dia conheci uma velhinha. Como todas as avós era doce, a sua voz emanava a calma, a serenidade de quem já não sonha, a forma de estar apaziguadora de quem já fez tudo o que sonhou... Do seu olhar brotava apenas bondade, as suas mãos mostravam as cicatrizes que a vida lhe deixou. O seu cabelo mostrava-se cândido. E foi o seu cabelo que me despertou para a sua existência. Um dia, quando deambulava pela floresta dos perdidos, qual não é o meu espanto quando no horizonte vejo, o que eu julgava ser um cisne. Estarrecido, transporto para aquela aparição toda a minha atenção. Não sendo suficiente tudo o que já tinha visto, vejo que o cisne em vez de asas tinha mãos e em vez do que eu julgava ser penas surge a mais nívea e pura cabeleira que alguma vez vi. Ela, então viu-me e sorriu. Cheguei-me a ela, cumprimentei-a. Fizemos o caminho pra sua casa. Chegados, ela preparou o que as avós preparam sempre. Um delicioso chá, uns magnificos biscoitos. Falámos...

terça-feira, maio 18, 2004

A mente divaga.. e de repente uma onda de bem estar atinge-me após um delicioso raciocínio.. todo o ambiente se conjuga para a reflexão.. mas n passam de traços indefinidos pairando sobre uma opinião, teoria. um sorriso constrõe-se após tão belo cenário..
Paro. Avanço. de repente um turbilhão desperta-me cruelmente e força-me a mirrar.
Fico assim. Resignado..

sábado, maio 15, 2004

O rio da morte
A morte. O último suspiro. O que é...?
A vida é como um rio, um rio que termina com uma queda de água. A sua descida impragnada de perigos, ou simplesmente de acontecimentos, vivências mais positivas ou menos..., até que se atinge o culminar, a queda de água, o mistério, o fim, a continuação, não sei, ningém sabe...
A descer o rio, a queda pode aparecer a qualquer momento, vinda quase do nada, tal como a morte na vida. No entanto, a descida pode ser fantástica, contudo sempre obscurecida pelo fantasma da morte. Ou então, pode ser catastrófica e já por si repleta de pessimismos e medos. E então, a vida é necessariamente vivida com o fantasma da morte, com o destino certo da sua existência? Talvez...mas, a meu ver deveria ser pautada por uma constante curiosidade, sendo ajustada ao constante devorar de tudo por parte dos sentidos, sendo o seu culminar não visto com receio, mas sim como mais uma etapa e quem sabe, a queda de água, pode ser não o fim, mas o início de outro rio, o principiar de mais um conjunto de pequenos momentos, de uma existência...
E, acho eu, se assim fizesse-mos, poderíamos exorcizar os medos, os fantasmas da existência de uma morte, que sim é verdade é certa, mas nada nos diz que ela é o fim, a obscuridade, o vazio...



quinta-feira, maio 13, 2004

Será porventura mais benéfica a ilusão ou a realidade? A ilusão fornece uma fuga necessária (ou não), a oportunidade de algo + inatingível, mas é claramente algo efémero. A realidade, quando encarada com sabedoria e com uma visão positivista, permite-nos alcançar o bem-estar mental e físico. Mas será possível um equilíbrio baseando-nos apenas em valores como o bem, o sábio, e o justo? Além de serem valores subjectivos, na medida que o justo ( por exemplo) depende das convicçoes pessoais e culturais da sociedade em que está inserido, o carácter revoltado, desprotegido de alguns indivíduos não lhes permite viver sem a presença ilusória de uma entidade ( como é o caso dos Deuses ) ou de outras figuras que lhes permitam a substituição de uma entidade superior. Através do culto da palavra,da intelectualização, essas fragilidades ( se podem ser apelidadas assim ) poderão ser superadas..

In Vanu Veritas
(ou não)

quarta-feira, maio 12, 2004

Abaixo a globalização, viva a tesão...

Globalizantes, globalizador, globalizar, engravidar, enriquecer, roubar, roubar muito, os cabrões dos hambúrgueres, comê-los e depois..., comê-los com a raiva de quem come a cabeça do cabrão do vizinho que nunca se cala quando te vê... Ele e as suas teorias defensoras dos padres que violam míudos e nem pagam!!!!
Ligar o televisor e ver o insidioso do G. Bush a enganar-nos. "Mundo, mais uma vez, os E.U.A, agiram em prol da humanidade e para salvaguardar a existência do nosso planeta,... perdão, meu!!!" Enquanto isso, estão soldados americanos a molestarem iraquinos inocentes e iraquinos a flagelarem soldados americanos.
Viva a tesão, abaixo a Globalização!!!
Abrir, o jornal e ver pela 4114641684464644154766 vez o Carlos Cruz. Merda!!!!
Será que neste país não existem mais pedófilos...
Univos meus amigos, não comam hambúrgueres e vejam A Praça da Alegria!!!

terça-feira, maio 11, 2004

A gota

Era uma vez, na aula de Matemática, saltei pela janela e caí em cima de uma gota de chuva.
Pedi-lhe desculpa e mandei-a à merda.
Morte aos croissants!! Aquela gota de chuva ficou-me gravada na memória e afogo as minhas mágoas em pastelaria francesa...
Ooh, se todas as outras gotas fossem como ela...
Quero o fim dos regimes ditaturiais dos guarda-chuvas! Quero a tua humidade em mim!

segunda-feira, maio 10, 2004

Aos leitores

Contrariamente ao que possa eventualmente pensar o famigerado leitor, este pequeno (grande)espaço, destina-se à reflexão não sobre qq doutrina religiosa (especificamente), mas a um conjunto de convicções partilhadas pelos obreiros.. correntes filosóficas (actuais ou não) e os malditos dos obstáculos que teimosamente se impõem entre nós como sujeitos e a felicidade.. seja lá isso o que for... meus amigos..

In vanu veritas
A visão
Desamparado, caminho sem trilho. Perdido, com o mapa rasgado adivinho o próximo passo.
Desço a rua a correr. Corro, corro durante uma eternidade e nunca olho para trás. Fecho os olhos. É melhor. As ruas estão repletas de podridão, são os restos de um sono mal dormido, de um sono frio e esfomeado. São as mulheres quase sem saia.
Com os olhos fechados, sem mapa, parto à descoberta, parto sem esperanças, mas parto.
Sinto uma brisa e abro os olhos.
Olho, e juro não parar de olhar. Sinto que Deus existe, sinto o sentimento que se sente quando se vê Deus. Obstinado, Não paro de olhar.
Assim fico, envelheço e morro.
Agora, morto e depois de tanto tempo ainda não descobri o que era. Não importa, era belo e morri feliz...

domingo, maio 09, 2004

A Mulher Homem
Hoje olhei para uma mulher. Era tão bela. Era tão perfeita. Paguei-lhe um copo, conversámos, falámos da vida..., bebemos, conversámos, era tudo tão perfeito...
De repente, sinto uma mão, era a mão dela, a mão dela a tocar-me no braço, subiu, subiu, de repente desce, desce e apalpa-me ...
Entusiamado, acariei-a, brando-lhe ao ouvido: "És tão bela", ela diz: "Bela, nao..., belo"
Pisquei os olhos, "O quê", perguntei-lhe..., "sim, chamo-me Henrique", então desato a correr, corro, talvez durante 2 horas, nem sei, vou à praia, mergulho na água gelada e vou para casa.
Chegado a casa, tomo banho e vou dormir...